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NOSSA HISTÓRIA
A primeira forma de organização dos trabalhadores das indústrias de artefatos de borracha se deu em 14 de fevereiro de 1975, quando 50 trabalhadores se reuniram na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem de Americana a fim de fundarem a Associação Profissional dos Trabalhadores nas Indústrias de Artefatos de Borracha de Americana. A sessão foi coordenada pelo Sr. João Dias Rodrigues. Até então, os funcionários das artefatos de borracha não tinham nenhuma representatividade junto à direção das empresas, já que, todos os acordos trabalhistas, inclusive de aumento salarial, eram definidos pela Federação dos Trabalhadores na Indústria de Artefatos de Borracha no Estado de São Paulo.
A primeira organização dos trabalhadores da indústria de artefatos de borracha na região começou em 14 de fevereiro de 1975, com uma reunião histórica na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem de Americana. Nessa data, 50 trabalhadores sob a coordenação do Sr. João Dias Rodrigues para fundar a Associação Profissional dos Trabalhadores nas Indústrias de Artefatos de Borracha de Americana.
Até então, os trabalhadores dessas indústrias não tinham uma representação direta junto à administração das empresas. Todos os acordos, inclusive reajustes salariais, foram negociados exclusivamente pela Federação dos Trabalhadores da Indústria de Artefatos de Borracha do Estado de São Paulo. Esse encontro marcou o primeiro passo na organização e representatividade dos trabalhadores locais, fortalecendo sua voz na defesa de seus direitos.
Com a criação da Associação começaram aparecer os primeiros problemas. Segundo o ex-diretor da Associação Assis Ventura, a falta de recursos foi um deles, para suprir as necessidades e visando fortalecer a Associação, os diretores deram início a uma forte campanha associativa.
No entanto, o medo e a incerteza da maioria dos trabalhadores, sem saber qual seria a reação das empresas, entre elas a Goodyear que há pouco mais de dois anos havia entrado em operação, fez com que a campanha de filiação não atingisse de imediato os objetivos da diretoria.
A fundação da Associação trouxe desafios logo de início. De acordo com Assis Ventura, ex-diretor da entidade, a falta de recursos era um dos principais obstáculos. Para atender às necessidades e fortalecer a Associação, a diretoria lançou uma campanha de filiação.
Entretanto, muitos trabalhadores, temendo possíveis retalhações das empresas, incluindo a Goodyear, que havia iniciado operações na região pouco mais de dois anos antes. Esse clima de incerteza prejudicou a campanha de filiação, impedindo que a diretoria alcançasse seus objetivos imediatamente de fortalecimento da Associação.
Com o tempo, a Associação superou os desafios iniciais. Gradualmente, o número de sócios cresceu, fortalecendo a entidade. A contratação de um advogado para tratar de questões trabalhistas representou um marco importante.
O trabalho da Associação continuou firme até 13 de novembro de 1978, data em que foi emitida a carta sindical, formalizando a transformação da Associação em Sindicato. Esse passo consolidou a representatividade dos trabalhadores da indústria de borracha, permitindo uma atuação mais forte e organizada em prol dos direitos dos trabalhadores.
Desde o início das atividades, o Sindicato obteve conquistas importantes para seus associados. Foi adquirido a primeira sede, localizada na Rua Fernando de Camargo, no centro de Americana, o desconto em folha de pagamento, para tratamento odontológico, cabeleireiro e outros convênios foi muito importante para o crescimento da entidade que já contava com salão de jogos.
Em 1984, ocorreu a primeira greve dos funcionários da Goodyear. A mobilização foi motivada pelas negociações salariais e após ameaça de paralisação. Boato espalhado pela chefia, afirmando que "cortador de cana não fazia greve", provocou indignação entre os trabalhadores, que, afetados pela atitude arrogante, cruzaram os braços em um movimento que marcou a história.
A greve de 1984 alcançou não apenas os objetivos financeiros e sociais dos trabalhadores, mas também promoveu melhorias no relacionamento entre a chefia e os funcionários da Goodyear. Esse movimento foi fundamental para a implementação da jornada de trabalho no sistema 6x2.
Nos anos seguintes, novas greves ocorreram em várias empresas da região, incluindo a Gattes e a TecBor, em Rio Claro; a Cofaco, em Santa Bárbara d'Oeste; e Resende, em Piracicaba. Na Resende, houve uma tentativa de enfraquecer o Sindicato: a direção da empresa lançou uma campanha incentivando os funcionários a se desfiliarem, um episódio que evidenciou o desafio constante de manter a unidade e força sindical.
O Sindicato teve um papel fundamental na formação de novos sindicatos, como o dos servidores públicos municipais de Americana, e também na solidariedade com movimentos de outras categorias. O carro de som do Sindicato foi um recurso essencial em centenas de greves e manifestações, amplificando as vozes dos trabalhadores na cidade e em toda a região. Essa atuação consolidou a presença e a influência do Sindicato no estado de São Paulo.
Primeira diretoria
A primeira diretoria (1985 a 1988) Presidente: Oswaldo Cassimiro - Vice-presidente: Assis Ventura - Secretário: Francisco Antonio da Silva - Tesoureiro: José Benedito da Rocha - Diretor de esportes e assuntos sociais: Nelson de Oliveira Ferreira - Suplentes: Adolfo Nardez, Aparecido Teixeira Lopes, João Batista, Antonio Crimaco, Antonio José dos Santos - Conselho Fiscal - Clarino Pancini, Serafim Ferreira da Silva, Luiz Antonio Celegato - Suplentes do Conselho Fiscal: Eli Ortoloni, Sebastião Pereira dos Santos, Bolívar Dantas da Silva.